21/07/2009

Motivos e aparências do Rio de Amores

Rio de Amores é um livro de contos.
Contos que giram em torno de dois grandes motivos:

o Rio de Janeiro e o amor.
Nem dá pra dizer “não necessariamente nessa ordem” porque se há coisa e lugar que não aceitam, necessariamente, qualquer ordem são, realmente, o amor e o Rio de Janeiro...
Ainda assim são roteiros da cidade e/ou do amor, disfarçados em dramas, comédias ou qualquer classificação que o leitor lhes queira dar...
Neles estão, entre explícitos e disfarçados, os gostos, as artes, os parques, as ruas, as vias, as mídias, vários etcs do Rio de Janeiro.

Seria um mapeamento, tivesse tal esforço um pouco mais de sentido...

Rio de Amores é dividido em três partes.
Na primeira, Rio de Amores, têm-se dois grupos de 12 contos, ligeiramente referenciados a cada mês do ano. Após cada um dos contos mais densos (ou, ao menos, mais volumosos), têm-se, para relaxar, um pequeno continho de um gole só, como um bochecho de água após a prova de cada vinho...
Na segunda, Rodada Carioca, em uma novela com dez rápidos capítulos e um apêndice, contam-se os envolvimentos de uma tal Odete, personagem de uma altaneira classe média carioca, mulher contida e recatada que, por conta de inesperadas afetividades, se transfigura a ponto de incomodar (não tão sutilmente assim o autor) e, espero que não, o leitor...
E na terceira, Outros Mistérios, têm-se quatro contos avulsos e um tanto ou quanto vadios, às vezes referenciados (então, também em reverência) a outros autores, em que tanto os personagens quanto o autor se estranham e se surpreendem, e bem pode ser que aconteça exatamente isso ao leitor...


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Do conto Real Grandeza?...
"Permitia-se uma gota de esperança. Sua crise, de tão entranhada, já passava do ponto... A angústia falava tão alto que lhe tirava o sossego.

Claro, qualquer um quer paz, nem que tenha de tirar de alguém..."

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